quarta-feira, 6 de maio de 2009

Texto: Uma Análise do Desempenho de Estudantes da 4ª Série do Ensino Fundamental nas Operações Fundamentais

Caros amigos:

Estamos postando o texto “Uma Análise do Desempenho de Estudantes da 4ª Série do Ensino Fundamental nas Operações Fundamentais”; de Coelho, Silva, Cazorla e Santana, de Campos, Magina, Cazorla e Santana; para que possamos analisar, discutir e deixar nossas impressões.

É importante participarmos de maneira efetiva dessas discussões.

Abraços,

Do sempre amigo

José Walber

Um comentário:

Enoilma disse...

As autoras descrevem uma pesquisa realizada com estudantes do ensino fundamental da 4ª série, (atualmente classificado como 5° ano) fundamentada pela teoria dos campos conceituais desenvolvido por Gerard Vergnoud, com a finalidade de analisar os saberes matemáticos desses estudantes a as suas dificuldades nesse contexto. O foco nessa pesquisa foram as estruturas aditivas e multiplicativas, no campo dos números naturais e das frações, aplicando cinco questões de resolução de problemas.
O ponto forte desse artigo é a descrição dessas estruturas realizadas pelas autoras.
As estruturas aditivas, como vimos no workshop realizado na Universidade Jorge Amado, consistem em rotinas de composição, transformação, comparação e mista (composição de transformação, transformação de uma relação, e composição de duas relações).
De acordo com o texto, o aprendizado de matemática nas séries iniciais depende da apropriação dessas invariantes, assim o professor deve ter ficar atento para o que, como quando e porque ensinar determinado conceito.
As estruturas multiplicativas contemplam a multiplicação e divisão e classificam-se em três grupos: isomorfismos de medidas, produto de medidas e proporções.
Embora para essa pesquisa tenham aplicado apenas o isomorfismo de medidas, pois as outras classes não são exploradas na 4ª série, fizeram nesse artigo toda uma análise de cada uma dessas três classes.
O isomorfismo de medidas consiste de uma proporção simples e direta entre duas grandezas e se divide em três tipos: multiplicação, divisão e regra de três. Na multiplicação são contemplados os problemas que envolvem 4 termos, 3 são apresentados e 1 é solicitado. Na divisão temos duas categorias: divisão por partição e divisão por quotas. Já a regra de três contempla problemas com 4 termos, 3 de forma explícita e 1 solicitado, mas de forma indireta.
O produto de medidas consiste na composição cartesiana de duas grandezas para busca do valor de uma terceira. Subdivide-se em: multiplicação, divisão e produto cartesiano. O que difere essa categoria do isomorfismo é o fato de sua resolução gerar uma nova grandeza. No caso do isomorfismo a solução refere-se a uma das grandezas envolvidas.
As proporções múltiplas é semelhante ao produto de medidas, porém nesse caso apresenta-se grandeza proporcional a duas grandezas independentes. Sua subclasses são a multiplicação e a divisão.
As autoras também descrevem os significados das frações que serão contemplados na pesquisa: fração com o significado de número; fração com o significado de quociente; fração como o significado de medida; fração com o significado de operador multiplicativo. Considerando o conceito formal de número racional.
As autoras descrevem todo o procedimento metodológico da pesquisa, os objetivos, o tipo de pesquisa realizada, os sujeitos envolvidos, os instrumentos utilizados, os procedimento da pesquisa e apresentam a análise dos principais resultados, descrevendo o perfil dos alunos que participaram da pesquisa, e o desempenho desses estudantes nas situações-problemas aplicadas durante a pesquisa.
Contudo foi possível constatar que esses alunos após 4 anos de escolarização, ainda apresentam muitas dificuldades nos campos estruturais investigado. Assim, concluem que não é suficiente desenvolver atitudes positivas, é necessário investir na competência do aluno para resolver problema. É preciso repensar a prática pedagógica do professor, diagnosticar conhecimentos prévios, lacunas e dificuldades, buscar o reforço nas teorias desenvolvidas para reforçar o fazer pedagógico, buscando melhores formas de ensinar conceitos e procedimentos matemáticos, tendo em vista uma escola pública de qualidade.